terça-feira, 1 de julho de 2008

Culinária: vinho mendocino


Por ser descendente de portugueses, sempre adorei vinho e todo o ritual que o cerca. Por esse fato, somado à constatação de ser a 'bebida oficial' do tango, ele não poderia deixar de ter seu cantinho aqui no Criatango.


Mendoza, Argentina.

Mendoza é responsável por mais de 70% da produção de vinhos da Argentina, que, neste ano, deve ultrapassar o Chile no ranking dos maiores exportadores para o Brasil.

A região tem qualidades essenciais para o plantio de uvas: o contraste entre a temperatura do dia e da noite, o solo pedregoso, a altitude e a possibilidade de controlar a quantidade de água na irrigação --já que ali nunca chove. A água, abundante, é proveniente do degelo das montanhas e forma rios que abastecem a Província. O rio Mendoza é o principal.

As melhores bodegas (vinícolas) argentinas têm suas raízes fincadas em solos mendocinos. Plantam tempranillo --considerada a primeira uva a ser trazida da Espanha, por Pedro de Castillo, fundador de Mendoza em 1561--, chardonnay, cabernet sauvignon, malbec --a especialidade--, entre outras.

Para conferir como eles são feitos, é importante visitar ao menos duas das mais de 1.200 bodegas da região. Elas oferecem visitas guiadas, com degustação no final.

Na Familia Zuccardi (www.familiazuccardi.com) --que produz o vinho Santa Julia--, o visitante é recebido por um guia, vê a colheita, a seleção, a retirada do suco, a fermentação, o envelhecimento e o engarrafamento.

Depois, participa de um ritual de degustação --com três vinhos diferentes-- que aguça os cinco sentidos: o tato, a visão, o olfato, o paladar e a audição. O visitante aprende a segurar a taça corretamente, a diferença entre as cores, os aromas e os gostos dos vários tipos de uva. A audição fica por conta do "tim-tim". A visita é gratuita. E acaba na lojinha, onde as garrafas são vendidas por menos da metade dos preços no Brasil.

O turista pode almoçar na bodega. Depois de atravessar o parreiral, chega-se ao restaurante. O almoço completo custa 75 pesos.

Fonte: Folha de São Paulo
Foto: Mendoza


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