segunda-feira, 19 de maio de 2008

Mais Piazzolla e Troilo

Justamente no dia em que estava reclamando junto a meu pai de que em nenhum baile de tango tocava Piazzolla, fui a um (cujo organizador, Julio Ayala, prefere chamar de encontro de amigos) onde não só houve uma apresentação de "Oblivion" no acordeon e piano, como mais tarde fomos brindados por uma belíssima tanda do maestro. Sim, porque se é possível hoje em dia se dançar ao som do tango-novo, por que não seria possível dançar Piazzolla, um dos maiores músicos de todos os tempos? Meu pai me acompanhou nesse baile, o chamado "Mil e um dias de Inez" e ficou encantado com a versatilidade do tango. Disse ele que ali, pela primeira vez, viu que é possível se dançar o tango com qualquer música, e até no silêncio, ou ao som de vozes, como ficou registrado no vídeo que ele fez de mim dançando com Roberto Dias, um dos professores de dança de salão aqui de Brasília. Espero daqui por diante, ouvir mais Piazzola, Gardel e outros que são muitas vezes deixados de lado nos bailes, inclusive aquele que chamam de el bandonéon mayor, Anibal 'Pihuco' Troilo, um de meus preferidos e sem dúvida alguma, o bandonéon mais poético do tango.


Um comentário:

Luiz Zahar disse...

Pô Flavinha, Brasília? A Prefeitura do Rio não deveria permitir.

Como é que essa cidade vai acordar de manhã sem os passos da sua dança?

Boa sorte. Que a sua poesia e sua dança humanizem esta Brasília de tantos ais.

Bjs

Luiz Zahar