segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Cavalheiros de aluguel - Opinião I

Prosseguindo nosso tema do mês - dançarinos de aluguel - postarei opiniões que chegaram a mim via e-mail, e cujos remetentes não se importam de ter seus comentários postados, e até identificados. Mas por uma questão minha, não divulgarei seus nomes. O texto abaixo foi enviado por uma tangueira carioca, que não contrata personais.

"No ambiente do Tango, os homens, em sua maioria, são favoráveis à contratação dos personals. Porque? No meu entender, é mais conveniente, cômodo, até. Principalmente para os organizadores. Melhor fariam se contratassem esses mesmos "taxi-dancers" para trabalhar em suas casas, pagar-lhes um bom salário, dar comida e bebida, além do transporte - por que não?

Mas não, preferem aceitar as coisas como estão. Essa atitude
carrega no seu bojo a essência do machismo, já que, quando a dama em questão é das boas (é muitas o são), os cavalheiros se aproximam e sem a menor cerimônia tiram-nas para dançar. Por isso é que estou vendo muitas excelentes damas conhecidas sentirem-se desvalorizadas, desencorajam-se e aos poucos sumindo dos bailes.

Pense bem: a despesa é grande, mesmo se você considerar que duas ou três dividem o mesmo personal. Aqui no Rio, aquelas que apreciam um drinque estão preferindo ir e voltar aos bailes de táxi, que dependendo da distância, já custa um bocado, principalmente se moram umas distantes das outras. AInda têm que pagar a sua entrada na milonga. Somado a isso, há o custo do personal: ingresso, bebidas, petiscos e finalmente o "aluguel", que regula entre 70 e 100 reais.

Compute isso em cada baile durante a semana e nos fins de semana. Não é pouco, eu garanto. "

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