quinta-feira, 31 de julho de 2008

Um naco de Narco

Quem quiser vê-los e dançá-los ao vivo (no Rio ou em Curitiba) pode comprar o ingresso no site www.arenatango.com

Uma canjinha então, para aguçar as vontades:


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terça-feira, 29 de julho de 2008

Narcotango vem aí, laiá laiá laiá!


Ah, se eu pudesse e se meu dinheiro desse... eu não perdia por nada!


(não percam o próximo capítulo - ou o próximo post - para mais informações)

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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Tango Comédia

Taí um gênero pouquíssimo explorado: o tango irônico, ou tango comédia, ou tango engraçado, ou... qualquer adjetivo sinônimo.

No vídeo, Eduardo Capussi e Mariana Flores, os mestres desse estilo.





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sábado, 26 de julho de 2008

El Cachafaz

O que a tecnologia atual não é capaz de nos proporcionar?

Pois que despertando de um sono hoje mesmo, me veio a idéia de procurar 'El Cachafaz' na internet, e eis que me deparo com essa pérola de 1933.

El Cachafaz foi um dos maiores dançarinos de tango de seu tempo. No vídeo ele aparece com sua companheira inseparável, Carmecita Calderón.





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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Poema: A morte do encanto das coisas


Aqui jaz
perenemente
o encanto das coisas
e o olhar sorridente

entre dentes
sussurro
não há encanto no mundo
ou beleza que dure
mais que um sincero urro

não esconde a dor,
ela é honesta
é sua amiga desde o parto
e o partir das coisas é como festa

é terna
como o beijo do carrasco

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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Figuras do Tango: Paulo Araújo

Não é porque foi um de meus professores, com quem já dancei e troquei altas idéias (porque ele é tão louco quanto eu), mas porque realmente é uma das figuras mais significativas do tango no Brasil.

Professor, dançarino, coreógrafo desde o final da década de oitenta, início da de noventa, não sei ao certo, Paulo transfigurou-se quase que numa entidade mítica devido a sua personalidade forte e controversa e sua dança a um tempo técnica e multifacetada.

É um santista que adotou o Rio como sua toca e o mundo como sua estrada.

No vídeo ele dança com a bailarina italiana Cesira Micelli


quinta-feira, 17 de julho de 2008

Poesia: Rain blues


chove tanto
essa tarde


chove
por dentro



como chove
por fora



chove na tela
escorre no teclado



quem dera

uma dança da chuva



nossos nós
bailando



no mesmo telhado

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(Múcio Góes)

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Ainda sobre campeonatos

Campeonato de milonga - 2007





OBS.: Não deixe de votar na enquete!

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quarta-feira, 16 de julho de 2008

Rodolfo Mederos

tocando "Adios Nonino" de Astor Piazzolla.

(essa vai para meu pai)


Milonga da vez: Entresueños


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Domingo, dia 20 de julho, é excepcionalmente o dia da milonga Entresueños, organizada por Oscar Ricarte.

Começa às 19h é realizada no Núcleo de Dança do Cresça que fica na 713/913 Sul. A entrada custa R$10,00.
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segunda-feira, 14 de julho de 2008

Así se baila el tango: milonga traspié


traspié:

1. m. Resbalón, tropezón

2. Error, equivocación

Literalmente falando, traspié significa portanto, tropeço, erro. Eu não sabia disso até agora. Inclusive o termo traspié é mais usado na internet como um tipo de jogada de futebol que um estilo de dança própria do tango.

No futebol, é uma levada maior do pé para alcançar a bola, geralmente bola alta. Será que tem a ver com a dança?

Sempre soube que o traspié na milonga é 'dançar em contratempo', aceleradinho, passos ligeiros e estacattos. Mas depois de ver a definição para o futebol, me veio à cabeça aquela levada alta de pé que alguns milongueiros fazem.

De qualquer forma, traspié, para um bom entendedor de tango, continua sendo o passo em contratempo. Só que agora - ao menos para mim - ele ficou mais rico, pois se levarmos em conta a tradução original da palavra, ou seja 'tropeço/erro', o mesmo passo ganha um sentido diferente.

Agora devo confessar: sempre me atraiu mais o 'erro' que o 'acerto'.


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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sobre Campeonato de Tango III

Ainda sobre Escenario (show)

Aí está a pareja Colombiana que levou a taça em 2006 e ficou em quinto lugar em 2007: Alejandra Sanchez & Cristian Lopez da cidade de Cali.


quarta-feira, 9 de julho de 2008

Sobre Campeonato de Tango II

Tango Escenario (ou tango show)

Vou pegar apenas de 2006 para cá, pois foi a partir desse ano que - para mim - a coisa tomou corpo e percebi que em toda roda de conversa em que se falava de tango, o assunto vinha à baila.

O motivo: um casal colombiano venceu o mundial daquele ano. Já em 2007 quem venceu foi um casal argentino.

Para falar a verdade eu nem soube quem foi o casal que representou o Brasil em 2007. Sou uma daquelas pessoas que tinham reservas quanto a esse assunto.

Eu também não queria ouvir falar. Minha visão só foi modificando a partir desse ano, e mais, a partir de Brasília, onde encontrei entusiastas desse tipo de competição. Por essas e outras que estou aberta a qualquer tipo de contribuição para esse debate, e já já colocarei nova enquete para saber a opinião de vocês.

A questão que quero levantar é: será que por ser TANGO e a final acontecer em Buenos Aires, os argentinos têm larga vantagem sobre os demais?

Vejam a pareja argentina que levou a taça em 2007 > Natalia Tonelli e Fernando Gracia.


Sobre Campeonato de Tango I


Sei que agora vou entrar numa seara controversa, mas não posso me furtar a levantar determinados debates.

É sobre o Campeonato Mundial de Tango que acontece todo ano em Buenos Aires.

Para começar, muitos adeptos do tango são contra campeonatos, concursos ou qualquer outro tipo de manifestação que fomente a competição e que ponha regras naquilo que denominamos arte.

"Não quero nem ouvir falar. Isso pra mim é uma espécie de prostituição.", disse certa pessoa ligada ao tango.

Outros tantos são a favor, justamente pelo desafio que se coloca em usar de criatividade a despeito das regras impostas, ou até pela própria competição, que elevaria a 'qualidade' das danças apresentadas.

"Competição no mundo da arte já existe e é acirrada. Os concursos só trazem isso à tona" ouvi de outra pessoa, certa vez.

Fato é que, você estando de um lado ou de outro, ou de nenhum, os campeonatos existem, e tem lançado nomes até então desconhecidos.

O que proponho aqui é que conversemos sobre isso, tentando colocar nossos preconceitos (e eu terei que botar os meus) de lado e nos focando no núcleo da questão, jogando luz onde até então havia uma leve penumbra.

Próximo post: Mundial de Tango Escenario (tango show)

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terça-feira, 8 de julho de 2008

2º Encontro Carioca de Tango

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Vai acontecer no Rio o 2º Encontro Carioca de Tango. Quem puder ir, não deve perder, pois só tem profissional peso-pesado.

Veja o flyer do evento no final da página.

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Culinária: molho para carnes










(Chimichurri)

1 colher (sopa) de pimentão verde picadinho
1 colher (sopa) de cebola picadinha
1 colher (sopa) de salsa picada
2 colher (sopa) de vinagre
4 colher (sopa) de óleo
sal, pimenta, páprica e orégano a gosto
1 dente de alho amassado

Modo de preparo:

Misturar todos os ingredientes e bater com força por 5 minutos. Deixar descansar por 1 hora e tornar a bater. Este molho é utilizado para temperar carnes, enquanto estão assando, ou depois de cozidas.


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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Figuras do Tango: Moacir Castilho


Conheço pouco do tango de São Paulo, infelizmente. Digo infelizmente porque parece que a terra da garoa está se desenvolvendo rapidamente com suas milongas, eventos, profissionais e público.

Boa parte dessa evolução, deve-se sem sombra de dúvida a um dos caras mais apaixonados por tango que já conheci: Moacir Castilho.

Estive em Sampa há um ano e meio e pude conhecer esse milongueiro brasileiro de perto, embora tivéssemos trocado pouquíssimas palavras.

Fato é que ele tem nada mais, nada menos que 16 comunidades só de tango no Orkut, fora a comunidade "Viva Castilho!" que foi feita para homenageá-lo.

Ele é promoter de eventos de tango, aficcionado, dançarino milongueiro, Dj de tango, mais aficcionado, e organizador de uma belíssima milonga que tive o prazer de conhecer, a Tanghetto, que acontece todo domingo, das 20h30 às 00h30.

O endereço da milonga está na comunidade da Tanghetto

E viva Castilho!


(na foto com Alejandra)

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sexta-feira, 4 de julho de 2008

Anibal Troilo

Ou Pichuco, para os íntimos do tango. Um dos meus músicos preferidos, por ser de uma sensibilidade única no bandoneón.

Atuou em público pela primeira vez em 1925 com apenas 11 anos. Foi integrante de importantes orquestras de tango como Vardaro-Pugliese, Julio de Caro e Juan Carlos Cobián. Em 1937 inaugura sua própria orquestra, por onde passaram, ao longo dos anos, nomes de peso como Astor Piazzolla, Edmundo Rivero e Roberto Goyeneche.

Nasceu em 11 de julho de 1914 e morreu em 19 de maio de 1975. Sempre em Buenos Aires.

No vídeo, Pichuco interpreta "Quejas de bandoneon" de sua própria autoria.


Tango em Montevidéu


Parece que sempre que falamos em tango, nos reportamos imediatamente a Buenos Aires. Acontece que o fenômeno cultural tango, a bem da verdade, nasceu na região do Rio da Prata e abarcou o Uruguai e principalmente Montevidéu.

Lugar aliás, que há algum tempo tenho vontade de conhecer, me embrenhando em suas milongas e conhecendo seus personagens.

Por conta dessa curiosidade, pesquisei um pouco do tango em Montevidéu - onde o candombe e a murga são duas grandes manifestações culturais.

Assim como fiz com as milongas de Buenos Aires, deixo hoje aqui um belo guia de milongas dessa cidade praiana, que vive à beira do Rio da Prata. Montevidéu.

Clique aqui para ver o guia.

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quarta-feira, 2 de julho de 2008

Tango Cayengue

"Nos finais de 1800, o cayengue, ou a essência pura do tango, surgia nas ruas da periferia de Buenos Aires, caindo no gosto popular.

Cayengue significa um caminhar cadenciado, um bailar pitoresco de corpos quebrados e sensuais, movimentos cortados e marcados. Este bailar pitoresco, em que era usado um vestuário brejeiro e popular, foi conquistando o coração dos argentinos, bem como dos europeus.

Nesta altura, nascia também o “choro” ou “chorinho” , o chamado “tanguito”, através de Ernesto Nazareth, e que, com o seu primeiro sucesso, “ODEON”, marcaria contraposição ao dramatismo do tango argentino, com as suas tiradas irónicas e, inclusive, temas alegres, alcançando notoriedade nacional através das composições de Chiquita Gonzaga e Catulo da Paixão Cearense."

Regina Sant'ana

Vale lembrar que o que mais diferencia o tango cayengue dos demais estilos de tango, é o seu ritmo bem marcado, tanto na música quanto no jeito estacatto de dançar, freqüentemente com os joelhos bem flexionados e/ou em contrapeso acentuado. As mãos ficam apoiadas no quadril do cavalheiro e o que é mais importante: a brincadeira rola solta.

Fala-se candjengue, pois na região da prata o 'y' tem um som parecido com 'dj'.

No vídeo, vemos Liliana Tolomei e 'El Tordo' bailando um cayengue típico na tradicional Confiteria Ideal, ao som da orquestra TubaTango, uma das mais representativas do canyengue.


terça-feira, 1 de julho de 2008

Poema: Santa Julia com boa pegada



Vejam se não parece um poema:


SANTA JULIA

tempranillo

Vinificação Clássica, com semeadura de levaduras
selecionadas e uma maceração de 15 dias



COR
Vermelho rubi de intensidade média

AROMA
Complexo com notas de geléia, frutas maduras,
cogumelos secos y especiarias.
Também encontramos as notas próprias da
maturação em carvalho e em garrafa como baunilha,
café e amêndoas torradas

SABOR
Entrada doce, corpo médio, con boa pegada e
largada final. Complexo e delicado


Rodolfo Montenegro
Primeiro Enólogo

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Culinária: vinho mendocino


Por ser descendente de portugueses, sempre adorei vinho e todo o ritual que o cerca. Por esse fato, somado à constatação de ser a 'bebida oficial' do tango, ele não poderia deixar de ter seu cantinho aqui no Criatango.


Mendoza, Argentina.

Mendoza é responsável por mais de 70% da produção de vinhos da Argentina, que, neste ano, deve ultrapassar o Chile no ranking dos maiores exportadores para o Brasil.

A região tem qualidades essenciais para o plantio de uvas: o contraste entre a temperatura do dia e da noite, o solo pedregoso, a altitude e a possibilidade de controlar a quantidade de água na irrigação --já que ali nunca chove. A água, abundante, é proveniente do degelo das montanhas e forma rios que abastecem a Província. O rio Mendoza é o principal.

As melhores bodegas (vinícolas) argentinas têm suas raízes fincadas em solos mendocinos. Plantam tempranillo --considerada a primeira uva a ser trazida da Espanha, por Pedro de Castillo, fundador de Mendoza em 1561--, chardonnay, cabernet sauvignon, malbec --a especialidade--, entre outras.

Para conferir como eles são feitos, é importante visitar ao menos duas das mais de 1.200 bodegas da região. Elas oferecem visitas guiadas, com degustação no final.

Na Familia Zuccardi (www.familiazuccardi.com) --que produz o vinho Santa Julia--, o visitante é recebido por um guia, vê a colheita, a seleção, a retirada do suco, a fermentação, o envelhecimento e o engarrafamento.

Depois, participa de um ritual de degustação --com três vinhos diferentes-- que aguça os cinco sentidos: o tato, a visão, o olfato, o paladar e a audição. O visitante aprende a segurar a taça corretamente, a diferença entre as cores, os aromas e os gostos dos vários tipos de uva. A audição fica por conta do "tim-tim". A visita é gratuita. E acaba na lojinha, onde as garrafas são vendidas por menos da metade dos preços no Brasil.

O turista pode almoçar na bodega. Depois de atravessar o parreiral, chega-se ao restaurante. O almoço completo custa 75 pesos.

Fonte: Folha de São Paulo
Foto: Mendoza


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